Uma cibercidadania plena passa, entre outras coisas, pela capacidade de cada pessoa cuidar de sua presença e de seu conteúdo na Internet. Ser responsável pela gestão e disponibilidade do seu próprio conteúdo e não entregá-lo na mão de corporações em troca de (uma suposta) comodidade, gratuitidade ou simplicidade. Nos últimos anos temos vários exemplos do porquê não deveríamos entregar nosso conteúdo às corporações : NING , Google Reader, PRISM, etc… Vale ressaltar que num sistema capitalista o que as corporações chamam de gratuito não costuma corresponder a realidade. Em troca de contas “gratuitas” o “usuário”, via de regra, tem que se submeter a visualização de milhares de anúncios ou simplesmente dar em troca todos os seus dados (pessoais e/ou de navegação) para a empresa que lhe fornece um determinado serviço “gratuito”.
Portanto, a ideia na série de textos e manuais que se segue é mostrar possibilidades para que qualquer pessoa tendo interesse e disposição, consiga hospedar e gerenciar seu próprio conteúdo tornando-se assim, ele próprio, o principal responsável por sua disponibilidade.
E não se trata apenas de cyberativismo. Mas há também motivações educacionais. O “Faça você mesmo”, além de te empoderar no controle de seus dados, permite que você compartilhe esse aprendizado com outros cidadãos. De modo que novos usuários poderão seguir essa postura e cada vez mais cibercidadãos estarão menos expostos ao vigilantismo do tempos atuais.
Não precisa ter pressa. Vá conquistando lentamente sua autodeterminação digital. Não precisa ir direto para o nível pokemon. Apenas continue sempre evoluindo tecnicamente para que, num futuro médio ou próximo, possa controlar 100% a hospedagem do seu conteúdo.